terça-feira, 27 de julho de 2010

Fecham-se as cortinas para Armstrong

Norte-americano se despede do Tour de France sem o brilho desejado, mas com a imagem intacta perante seus fãs

Desta vez é certo, Lance Armstrong encerrou sua carreira no Tour de France. Caso volte, será como espectador ou proprietário da RadioShack, que não teve o desempenho esperado, apesar de vencer na classificação por equipes. Apesar do elenco repleto de grandes nomes: Armstrong, Levi Leipheimer, Andrés Kloden e Janez Brajkovic, vencedor da Dauphinè-Liberé, apenas Chris Horner conseguiu ficar entre os dez primeiros na classificação geral.

Armstrong, ainda assim, subiu ao pódio na premiação final com a RadioShack, que conseguiu o título por equipes graças as escapadas dos atletas, principalmente no Peyresourde, Aspin, Tourmalet e Aubisque. Encerra-se um capítulo a parte na história do Tour: 13 participações, sete títulos, oito pódios individuais e um coletivo, 22 vitórias em etapa e 83 dias vestindo a camisa amarela.

Próximo de completar 39 anos, Armstrong não demonstrou a superioridade e força que dominou a competição de 1999 a 2005. Na última etapa, o norte-americano desejou usar uma camisa preta com o número 28 – referente os milhões de pessoas que venceram a luta contra o câncer no mundo, mas acabou vetado pelos comissários da UCI, utilizando a blusa apenas no pódio final.

Em 2010, Lance Armstrong foi um sujeito mais simpático que nos anos anteriores, conversando e brincando com todos no pelotão, e sem importar-se com a 23ª posição – 39 minutos atrás de Alberto Contador.

“Eu queria chegar a Paris e desfrutar deste Tour”, disse Armstrong. E isso o norte-americano conseguiu; terminando sua carreira profissional e alcançando a meta de arrecadar fundos para entidades na luta contra o câncer, graças a sua fundação - Livestrong e as suas famosas pulseiras amarelas que foram comercializadas neste Tour.


Fonte: Prólogo-UOL